Ajustando as margens

Neste exato momento em que escrevo esse texto, minha impressora está a imprimir as margens no caderno de desenho do meu filho. Sim. Ano passado tive a brilhante ideia de desencadernar o caderno e imprimir as margens nas folhas, em vez de ficar fazendo traços com caneta e régua.

Fico ligeiramente orgulhosa de mim com esse arranjo produtivo, todavia nem tudo são flores no mundo das ideias (e em outros mundos também). Tive de fazer 12 experimentos até chegar ao resultado em que eu pretendia, entre espessura, cor, alinhamento e distância. Fiquei nervosa, gritei com o computador, gritei com o Pedro, quis largar tudo e fazer à mão. Mas, em vez disso, fui na cozinha e tomei um copo d'água... três respirações profundas e voilá! A resposta para o que não estava dando certo apareceu! E nesse instante, as folhas estão sendo impressas com uma velocidade que eu seria incapaz de riscar manualmente.

O bom de envelhecer é tirar lições, sabia? Hoje, tudo que vivencio consigo extrair da situação algum aprendizado. Concluí que se eu tivesse desistido na décima primeira folha, eu não estaria aqui agora escrevendo esse texto e, sim, riscando folhas com uma régua e uma caneta... contrariada da vida... Também concluí que desistir antes de esgotadas todas as possibilidades não é a melhor alternativa. Afinal, eu tinha cem folhas de papel para tentar e tentar e tentar. E se não desse certo após as cem? Aí eu teria de comprar outro caderno.

Opa! Tenho de terminar por aqui. A impressora já fez o meu trabalho. Foi difícil até acertar as configurações, mas depois disso...

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