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Mostrando postagens de setembro, 2011

Nota de falecimento

É com profundo pezar que informamos o falecimento do Azul, o peixinho beta, mencionado neste blog na data de ontem. A causa da morte ainda não é conhecida, mas sabe-se que não tem nada a ver com o Pedro. Ele é inocente, apesar do seu histórico. Não haverá velório e sepultamento pois o corpo do mesmo já desceu descarga abaixo. Parentes e amigos (se é que ele tinha algum, porque betas são, digamos, muito isolados) agradecem as demonstrações de carinho e afeto.

Animais de (des)estimação

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Notei que tenho postado muito sobre o Pedro Paulo ultimamente. Perdoem-me se estou sendo babona demais e repetitiva, mas é que tenho passado mais tempo com ele e descoberto coisas maravilhosas. Digo, sem dúvida alguma, que essa é a melhor fase dele até agora. Não desmerecendo as demais, contudo, atualmente ele está deveras traquinas e peralta (pra não dizer custoso, mesmo!). Há uns sete meses eu comprei para ele um porquinho-da-índia, era bonitinha, fofinha e pretinha com a patinha branca, por isso, a batizamos de Pretinha (é lúdico, tá? se fosse verde a chamaríamos de Verdinha). Ele gostou muito, entretanto, ela nem tanto. Por ser um bichinho de hábitos noturnos não interagia tanto com ele quanto eu imaginei. Não corria com ele... Não vinha comer na sua mão... Não gostava de colo... Enfim, a comprei por cinco reais e vendi por três, ou seja, aluguei um animalzinho por 40 dias a um custo de dois reais. Ótimo negócio. Ficamos uns três meses sem animalzinho, daí resolvi comprar um coelh

Pedrês: Língua do Pedro

verbo pec = quebrar. "Mamãe, caaa-o (carro) caiu e pec!" verbo piá = passear ãnha = aranha ú ú = vovô ó ó = vovó inhão = feijão ponha = pamonha cãinga = carne ducci = luz (e fala "Viva! il Ducci!" quando acendemos a luz.) guti = iogurte (eu disse, iogurte, repare bem... e não, inhogute ou iorgute.) rê-rê-rê-rê-rê = Pica-pau pi-pi-pi = Chaves patá = cavalo ("pa-tá-pa-tá-pa-tá-pa-tá...", em outras regiões fala-se "pó-có-tó-pó-có-tó-pó-có-tó" Palavras que ele fala perfeitamente: mamãe, batata, coca, pipoca, microondas... (tá... essa última ainda não... mas tá quase!)

Trânsito VII: fila de carros

Lady Murphy. A própria. Onipresente. Sempre está lá quando uma coisa que teria tudo pra dar certo... não dá. E obviamente ela não poderia deixar de dar as caras no trânsito, o lugar onde há uma grande, mega, infinita propensão a merdas. Ô lugarzinho bom de dar merda que é um aglomerado de gente estressada, presa em forninhos com rodas, a mercê da vontade alheia e, de preferência, atrasada. Enfim, uma dessas situações se retrata quando numa via de mão única, com duas filas de carro e um longo congestionamento, você escolhe uma das duas... que é... justamente a que não anda. Lady Murphy entra em ação. Você percebe que os carros da fila ao lado começam a passar e vão embora... e você ali... estático... atrás de outro carro igualmente estático. "Se ao menos eu conseguisse passar pro lado de lá...", pensamento que permeia todos os condutores dos carros da fila que não anda. Daí surge uma brecha e você troca de fila. Olha a Lady aí minha gente! Luz na passarela que lá vem ela! Isso

Birruga

Verrugas são coisas... Coisas... Coisas, tipo... Eu não sei como dizer. Porque ao mesmo tempo que são nojentas, são interessantes, são asquerosas e são charmosas. Eu, por exemplo, tenho uma verruguinha nas costas que acho super charmosinha (tudo no diminutivo mesmo). Em contrapartida, hoje atendi uma mulher que tinha uma mega verruga no canto esquerdo da boca, com vários cabelos saindo dela. E como já se tratava de uma senhora de idade, alguns deles já estavam brancos. Ela ia falando e eu absorta naquela porção de carne por cima do lábio, com vários fios de pelos pretos e brancos... Já falei aqui que minha obrigação é fazer o cara-crachá das pessoas. E ao fazer o dela verifiquei que aquela verruga sempre existiu ali. Quando vemos um negócio desses pensamos que se trata de uma exclusividade dos velhos, não é mesmo? Nomes próprios são outro exemplo de coisas exclusivas de velho. Você consegue imaginar uma criancinha chamada Adamastor? Emengarda? Apolônio? Perfídia? E hemorróidas, e

Melhores férias da vida do Pedro

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Tirei uma semana de férias do banco. Forçadamente, mas tirei. Agora, eu posso afirmar com toda certeza que foram as melhores férias da vida do Pedro. Tá certo que uma pessoa de dois anos ainda não têm muitas referências... Contudo, foi tudo muito lindo. Piscina, Coca-Cola, mamãe, Coca-Cola, rio, Coca-Cola, parquinho, Coca-Cola... Meu filho é um cocólatra. [mãe com expressão de tristeza, voz de pato e rosto quadriculado] O Pedro Paulo é um apaixonado por água! Tanto que um dia antes de irmos ele pensou que o nosso coelhinho também fosse e o mergulhou num balde com água de sabão. Constatei que o coelho não é tão apaixonado por água quanto ele... tsc... tsc...tsc... Quando era hora de entrar na piscina ele dava birra porque não queria tirar a roupa e colocar a sunga, depois outra birra para entrar sozinho na água, depois outra para não sair e, por fim, outra pra não tirar a sunga. Era todo um ritual. Fez muitas amizades. A galera do hotel já nos cumprimentava assim: "Oooii, Peeedrooo

Propaganda DIFERENTE

Um amigo me contou uma vez que sempre passava por um povoado e via uma placa muito interessante e curiosa: VENDE ESTE RCO Ficava muito intrigado em imaginar o que seria o tal RCO e porque estavam demorando tanto para vendê-lo. Não suportando mais a curiosidade, um dia ele desceu do carro e perguntou ao homem que ficava próximo à placa que diabos era RCO, daí ele respondeu com aquela calma interiorana que ele vendia esterco, só que não coube tudo na mesma linha na placa. Há meses atrás eu passei por situação semelhante. Voltava do Centro quando vi uma mesinha, com um pano na frente escrito: ODON É DIFERENTE Jesus! Fiquei encucada com aquilo! O que seria ODON? Pensei que pudesse ser o altar de uma igreja evangélica nova, cujo lema seria "O dom se manifesta de forma diferente em todas as pessoas." Na forma contraida "O dom é diferente." Pensei que poderia ser um produto novo, tipo xampu para cabelos "ODON é diferente. Elimina suas caspas em apenas uma lavagem.&quo

Senhor Popularidade

Sempre que eu saio com o Pedro lembro-me de uma entrevista da Xuxa que assisti uma vez, em que ela dizia que a Sasha tinha dom para o público, que saía na rua dizendo "Oi, meu povo!", pra todo mundo. Ela obviamente sonha em deixar todo o seu legado para a filha, isso inclui o carinho dos fãs, por isso esse proselitismo. Mas no meu caso é diferente. Eu não sou exatamente a pessoa mais carismática e comunicativa do mundo, portanto, não sou eu quem ensino essas peripécias ao garoto. Sempre que saímos só ouço "Que gracinha!", "Nossa, como ele é esperto!", "Meu Deus, que lindo!", e isso me envaidece muito. E o pior é que ele também é movido a elogios, quanto mais falamos que é bonitinho, mais ele capricha. Impressionante! Ele tá começando a falar palavras entendíveis agora, então quer falar tudo pra todo mundo. Qualquer pessoa que ele encontre já vai chamando de titio ou titia e vai puxando assunto e mostrando alguma coisa e chamando a pessoa pra ir l

Curiosidade

Eu sou curiosa. Minha bisavó era curiosa, minha vó é curiosa e a minha mãe também. Portanto, eu só tinha de ser assim. Esse blog de lorotas que vos fala tem sido o meu melhor (e único) hobby. Gosto muito de escrever sobre trivialidades, sentimentos, fatos, e gosto mais ainda de saber que ao menos dez pessoas por dia me lêem. Agora, o que eu não gosto é não saber quem são essas pessoas. Não que eu não goste, mas eu gostaria muito mais se eu soubesse quem são. Se eu pudesse me tornaria amiga delas e trocaria ideias. No post do Alemão eu já deixei isso claro: gosto de ter intimidade com os meus leitores. Não vou ficar aqui implorando por comentários nos posts, obviamente. Contudo seria muito interessante saber quem anda me lendo e um fidibequizinho também pra variar. Por exemplo, essa semana alguém leu vários textos do blog, inclusive o primeiro que eu postei. Se leu mais de dois é porque não são tão ruins assim, né? Só que eu queria saber se ela vai voltar... sim, além de curiosa, sou c

Pica-Pau: a babá moderna

Já paguei língua por um monte de coisa que falei. Quem nunca pagou, não é verdade? Mas a mais recente dela é o fato de relegar o meu filho à televisão. Eu confesso. O ideal seria brincar com ele de jogos educativos, no quintal, ou ler histórias... Acontece que é tão mais fácil deixá-lo entretido com o Pica-Pau. Toda criança adora Pica-Pau. Até hoje eu gosto (se bem que eu desconfio às vezes que meu lado criança e adolescente continuam latentes). Ele fica até uma hora inteira na frente da tevê rindo das travessuras do passarinho de topete vermelho. E uma hora em termos de Pedro Paulo é um recorde mundial. Quem o conhece sabe que é um pouquinho (muito) inquieto. Foi um trabalho árduo ensiná-lo a assistir televisão. Tudo começou com Patati e Patatá. Trouxe um dvd pirata da feira e coloquei no player há um ano mais ou menos. Foi amor a primeira vista! Aquelas cores, aquela música, aquelas crianças,... tudo tão lindo... mas durava tão pouco... no máximo, dez minutos. Daí passamos para o Cha

Formol

Ah, meu formol, meu formolzinho... Como dependo de você... Uma vez unido a cremes e outros produtos dá origem à MARAVILHOSA ESCOVA PROGRESSIVA (tudo em caixa alta mesmo que é para ostentar ainda mais a sua importância). Agora compreendo porque falta comida na mesa de algumas mulheres, mas não falta aquela visitinha periódica à cabeleireira. É o bendito formol. Uma vez colocado por sobre nossas cabeças é impossível voltar a viver sem ele. Esse aldeído, também chamado de metanal, até pouco tempo era conhecido somente como conservante de gente morta, contudo as peripécias que ele realiza em nossos cabelos nos traz muita vitalidade. Pode parecer exagero, entretanto, é a progressiva que nos permite entrar na água salgada do mar, cair em piscinas, andar de motocicleta e até mesmo passar a mão por entre os cabelos. Acredite, há muitas mulheres que sonham poder fazer essas coisas e não querer esconder a cabeça como um avestruz depois.

Acontece

Marcos a conhecera num bar em Ipanema. Uma viagem de negócios. Uma caminhada a noite pela calçada... para espairecer. Uma mulher inebriante tomando um martine sozinha no bar. Puxou o ar para os pulmões. O que tinha a perder? Absolutamente nada. Quarenta e dois anos. Divorciado há três. Bom emprego. Boa casa em Goiânia. Bons filhos. Tudo muito ameno. E, de repente, aquela mulher... inebriante. Era essa a palavra: i-ne-bri-an-te. Os ébrios vêem coisas que os sóbrios não vêem. Os bêbados conversam com o que há de mais recôndito na pensamento das pessoas. Pessoas bêbadas se deixam demonstrar. E por isso, enxergam melhor. E naquele momento ele via muito além da mulher loira de vestido e batom vermelho sentada no bar e bebendo um martine. Seria tudo muito clichê, se não fosse aquele magnetismo que o convidava a entrar no recinto. Entra. Senta-se ao lado dela olhando para as taças na parede do bar. Fixamente. -Não sei. Esperando algo interessante acontecer. Sem mover o corpo, apenas a cabeça

O banco do carro

Vamos combinar o seguinte: quando entrar no meu carro, não mexa na regulagem do banco. Ok? A menos que você tenha pernas muito, muito compridas que não caibam no espaço reservado a você. Ainda assim dirá educadamente "Ana, posso chegar o banco um pouco para trás?" Aí sim, após o meu consentimento você poderá deslocá-lo. A razão disso é o simples motivo de que eu não gosto que os bancos do meu carro fiquem desalinhados. Não, eu não tenho TOC! Essa é a única mania que eu tenho. A minha educação não me permite falar, mas não gosto nem um pouquinho quando alguém entra no meu carro como passageiro e vai logo chegando o banco para trás e reclinando ele! Vá a minha casa, abra a geladeira, tome água no bico na garrafa e feche a porta com o pé, mas não mexa no meu banco. Vá ao meu banheiro, urine na tampa e ao redor do vaso, mas não mexa no meu banco! Jogue um milhão de toalhas molhadas sobre a cama, mas pelo amor de Deus não mexa no meu banco!!! Lembrei de postar sobre isso hoje porq

Agradecimento aos homens

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Toda mulher, em algum momento, deveria agradecer ao homens que passaram ou permacem na vida delas. O 8 de março é aclamado e comemorado, mas ninguém dá moral para o Dia do Homem... a propósito, que dia mesmo se comemora essa data? Se é que ela existe mesmo. Enfim, nesse momento solene desse blog de lorotas quero fazer um agradecimento solene a todos os homens que conviveram e convivem comigo. Primeiramente, agradeço ao Pedro Paulo por encher meus dias de alegria e vida. Agradeço ao meu pai pelos sábios ensinamentos: rapadura é doce, mas não é mole, não; a vida é dura só pra quem é mole; onde o pote quebra, a rodia fica; quem não puxa saco, puxa carroça... e outras tantas lições que são bem mais que ditados populares: não matarás; não furtarás; não cobiçarás o alheio; não cometerás adultério... Agradeço também aos homens que me amaram ou aqueles que apenas gostaram de mim e demonstraram seu afeto tornando meus dias alegres... Aos meus amigos (homens), que por meio de conversas infin