FICA uma coisa estranha no peito

Estive no XIII FICA (Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental), realizado na Cidade de Goiás. O evento tem duração de seis dias, mas eu fui só no sábado durante o dia. Por dois anos consecutivos eu participei do festival ativamente. Eu tinha credencial de imprensa porque estava indo pela UFG e lá produzimos e aprendemos muitas coisas legais. Eu gosto de cinema, mas depois de sair da faculdade, ter filho e trabalhar num banco acho que perdi um pouco a disposição para estudar a sétima arte. Mea culpa, minha tão grande culpa!

Quando estava no auditório, assistindo a uma mesa redonda com Cacá Diegues e Arnaldo Jabor, senti algo muito forte. Uma mistura de saudosismo, com derrotismo, com ostracismo e um pouquinho de “isso não me pertence mais”. Senti saudade do tempo em que eu lia e debatia textos de cinema, ao mesmo tempo uma culpa por ter parado de fazer aquilo que eu gostava, entretanto a inércia e o status quo predominam.

Fiquei em Goiás por algumas horas que me pareceram eternas. Por um lado é bom reencontrar amigos, por outro, é frustrante estar deslocado do meio. É como se eles estivessem seguido e eu ficado na estação, saca?! Eu digo para alguns deles “Não vejo a hora de vocês terem filhos, pra gente voltar a ter um assunto em comum.” Mas não precisa ter pena ou qualquer outro sentimento parecido, amigo leitor. Não me arrependi (ainda) das minhas escolhas até agora. Só que eu olho para um passado tão recente e sinto ainda latente todas as situações gostosas que vivi com meus amigos nesses festivais. Obrigada, amigos, por me proporcionarem lembranças tão boas.

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